Santo António, bem podias
Esperar por mim ao luar
É que em noite de folia
Não te vou deixar escapar

São Pedro, santo fiel
São João é um encanto
Com máscara e álcool gel
Eu já nem distingo o santo

Santo António é de Lisboa
Tanta (s) História (s) para contar
A balada dos anjos entoa
Olha por nós no altar

Em tempo de pandemia
Santo António faz milagres
Em sua infinita sabedoria
Protege-nos do Minho aos Algarves

Santo António e São João
Estamos muito chateados
Não houve manjerico e balão
Porque ficámos confinados

Nos bairros desta Lisboa
Hoje bate fundo a saudade
Faz falta a sardinha e broa
E os espaços de liberdade

Fogueiras têm mais brilho,
Nas noites de S. João,
Levo às carranchas meu filho,
Meu amor vai pela mão.

No S. João foi perdido,
O cravo do meu amor,
Recalcado e ofendido,
Mas nunca mudou de cor.

Sem arco e sem balão,
Assim vamos festejar o S. João.
Com sardinha a pingar no pão,
E muito amor no coração.

S. João, meu padroeiro,
Santo da minha cidade,
Traz-nos algum dinheiro,
E muitos dias de felicidade

Pró S. João vou dançar,
Com máscara e com viseira,
P’ra não infectar o meu Amor,
E o ter para a vida inteira.

Oh. Santo António eu te peço,
Que acabes com a Pandemia,
Para termos no nosso País,
Muita saúde e alegria.

Sto António esperança das encalhadas,
Faz um milagre divino.
Trás- me um sentido á vida,
Encontra um rapaz desocupado.

S. João faz o teu trabalho,
Protege doentes e mulheres casadas.
S. Pedro abre o carreiro da vida,
Uma porta para uma feliz caminhada

Ó Meu Querido santo António
Venha cá ajudar
O Raio do Covid
Não para de chatear

Ó Meu amigo S. João
Este ano não podemos festejar
Não há sardinhas para comer
Nem fogueiras para Saltar