No passado dia 8, centenas de trabalhadores da Segurança Social de todo o país marcaram presença no já tradicional convívio de Sto. António, em Lisboa, organizado pela Associação nacional de CCD’S e pelo CCD de Lisboa. Ministro, secretária de Estado, sete diretores distritais e outros dirigentes de institutos conviveram descontraidamente frente às populares sardinhas, bifanas e entremeada.

Na ocasião, o ministro usou da palavra para dizer que já não sabia quantas vezes tinha ido já a estes encontros, tantas eram as suas presenças e aproveitou aquela que será a última desta legislatura para fazer um mini balanço do trabalho.

Assim, realçou que “nestes primeiros meses de 2019, a cobrança está a crescer 8,5% em comparação com o ano anterior”, sendo isto, disse, “o que assegura a sustentabilidade, uma vez que cresce o emprego, crescem os salários, logo crescem as contribuições, cobradas com mais eficácia que no passado”. Vieira da Silva afirma que é “assim que o sistema público fica mais defendido para o futuro”.

Antes, o Ministro tinha já referido que “ a Segurança Social empreendeu nestes últimos quatro anos uma recuperação notável”. Se antes era preciso ir aos impostos buscar dinheiro para financiar pensões, agora é ao contrário. “Ao fim destes quatro anos, a Segurança Social está a gerar excedentes, está a gerar fundos que estão a reforçar o Fundo de estabilização Financeira, que ultrapassou pela primeira vez os 18 mil milhões de euros, dinheiro para o futuro do nosso sistema de pensões. Nunca tal tinha acontecido”.

E relembrou que nenhum serviço da administração pública sofreu a sangria de recursos humanos que a Segurança Social sofreu. “Em 2015, tínhamos menos 35% dos trabalhadores que tínhamos há meia dúzia de anos atrás”. Este facto só valoriza ainda mais a recuperação da capacidade de resposta empreendida e isso deve-se, segundo o ministro, aos milhares de trabalhadores da Segurança Social que, em condições difíceis, debaixo de uma pressão muito grande, e não vendo muitas vezes o seu esforço reconhecido, se empenharam a reconstruir o nosso sistema publico de segurança social.

Depois dos agradecimentos sentidos feitos a esses trabalhadores lembrou que “quem trabalha na Segurança Social fá-lo porque é sua profissão mas também e sobretudo porque é a sua convicção de que trabalha para o bem público, para o presente e para o futuro”.

O Presidente da ANCCD salientou a presença de mais de 400 pessoas que trabalham e dão o seu melhor, em prol do bem- estar social dos cidadãos, para que a Constituição da Republica se cumpra, numa das mais importantes funções social do Estado.

Denunciou a existência de um ataque concertado, de varias pessoas, apostadas em destruir os serviços públicos, em particular a segurança social, que dizem ser necessário trabalhar até aos 80 anos para, provavelmente, não termos pensões de reforma, que declaram que o sistema de segurança social colapsou, que põem em causa a dignidade e a qualidade de trabalho desenvolvido.

Referiu que os autores destas declarações, no seu tempo, perdoaram milhões e milhões de contos de dívidas à segurança social, enviaram centenas de trabalhadores para a mobilidade e destruíram milhares de postos de trabalho, concentraram serviços e afastaram a segurança social dos cidadãos, e neste contexto, são os grandes responsáveis pelas dificuldades que condicionam a capacidade de resposta a todas as necessidades.

Valorizou, a Segurança Social pública, como direito constitucional fundamental para uma vida melhor de milhões de portugueses, o trabalho e a determinação dos profissionais do setor para, todos juntos, ultrapassarem as dificuldades, e encontrarem os melhores caminhos para responder às necessidades e concretizarem esse direito.

Por fim, anunciou a concretização de ações de valorização do sistema público de segurança social e da cultura profissional do setor em defesa da segurança social e dos direitos sociais dos cidadãos, que decorrerá até final do corrente ano.

“Agora e no futuro todos juntos somos segurança social”. É a frase escolhida!